Ronaldo Caiado disse que os “pardais” não serão
transformados em “indústria de multa”
Nada irrita mais um condutor de veículo do que ser
flagrado por um “pardal” cometendo um delito de trânsito. Não pela multa em si,
e sim pela forma traiçoeira com que o “pardal” lavra o flagrante. Ele é
colocado em local escondido porque no Brasil, infelizmente, pratica-se a lógica
inversa.
Em vez de campanhas educativas para conscientizar os
motoristas a respeitarem as leis de trânsito, usa-se o “pardal” para alimentar
a “indústria da multa”. Este tema, aliás, foi debatido recentemente na
Assembleia Legislativa pela deputada Priscila Krause, que queria saber da
prefeitura do Recife quanto se arrecada com multas de trânsito e a destinação
desse dinheiro.
Informaram-lhe que de janeiro a dezembro de 2018 todas as
multas aplicadas em Pernambuco totalizaram R$ 90 milhões, sendo R$ 30 milhões
aplicadas pelo Detran, R$ 24 milhões pelo DER e R$ 36 milhões pela prefeitura
da capital.
Com tanto dinheiro fácil em jogo, entende-se por que
nenhum governante tem interesse em fazer campanhas educativas. Porque multar é
muito mais simples e mais barato. Isso não inibiu, no entanto, o novo
governador de Goiás, Ronaldo Caiado, a resgatar solenemente sua principal
promessa de campanha: abolir os “pardais” das estradas do seu Estado.
“A partir de hoje, não vão mais existir radares móveis
escondidos nas estradas goianas. Não vamos transformar multas em indústria de
arrecadação para o Estado”, decretou o líder demista. Que os outros
governadores o ouçam, e o imitem!
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