Reportagem desta
segunda-feira da Folha mostra que, permitidas pelas regras da Câmara, as viagens internacionais dos
deputados têm levado desde outubro do ano passado uma média de 26 parlamentares
para fora do país, por mês, para destinos de Estados Unidos, Europa
e Ásia, alguns mais de uma vez.
Só de janeiro de
2018 a janeiro de 2019, esses deslocamentos custaram R$ 3,9 milhões. Os custos
totais foram obtidos pela Folha por meio da Lei de Acesso à Informação.
O objetivo
oficial das viagens, autorizadas ou negadas por decisão do presidente da
Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), é, entre outros, dar aos deputados
"acesso a novos conceitos, políticas públicas e experiências legislativas
úteis ao Brasil".
Na prática, a
"CamaraTur" tem sido usada para viagens de deputados, acompanhados
pelos cônjuges (o custo de eventual acompanhante não é bancado pela Câmara),
para destinos turísticos, com precária justificativa das razões e ganhos ao
Legislativo desse tipo de deslocamento.
Vários relatórios
de viagens apresentados se resumem a poucos parágrafos copiados de textos da
internet, sem a citação da fonte, como se fossem a transcrição da experiência
própria adquirida pelo parlamentar.
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