Por Erick, O Caçador
Com uma média de um policial assassinado a cada dez dias
(números redondos), esse Estado vai mal, muito mal. Proporcionalmente (em
relação ao número de habitantes), a situação de mortandade policial é pior do
que no Rio de Janeiro (que afinal, ocupa as manchetes e recebe Intervenção
Federal).
Não há nenhuma estratégia de combate às Facções
Criminosas Prisionais, que prosperam. Sequer a verba federal para construção de
presídios é utilizada integralmente, num descaso impensável para um Estado que passou
recentemente por vários episódios de rebelião prisional com repercussão
nacional e internacional.
O déficit de policiais é de cerca de 11.000 homens. Não
há concurso público à vista. A polícia civil opera com 25% do efetivo previsto,
a PM tem cerca de 75% desse efetivo. Mais de mil policiais prestam serviços no
Poder Legislativo, enquanto as ruas ficam carentes de policiais de serviço.
O Policial do RN tem salário atrasado, de valor baixo,
pouca estrutura e reiteradas decisões do Estado no sentido de investigá-lo,
monitorá-lo, abandoná-lo. Um policial desse Estado não se sente amparado pelo
aparato público, muito pelo contrário! Nem sua família também...
Pensões de policiais mortos demoram a ser pagas e,
frequentemente, apresentam outros problemas.
E hoje, o solo do Rio Grande do Norte receberá o corpo do
Cabo PMRN Waldenberg, mais um defensor da Sociedade assassinado friamente. No
Estado com violência mais crescente e descontrolada do Brasil, isso é o normal.
O que vai mudar? Nada. Não se espera mais desse Governo,
e as opções de candidatos à vista, para as próximas eleições, não dão margem
para boa esperança.
Fazemos votos que o guerreiro descanse em paz. E que o
Estado tenha a decência de facilitar a vida da família policial enlutada.
Erick Guerra, O Caçador
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