A turma pesada pendurada na Lava Jato está tirando
proveito de uma MP que tramita no Congresso para esvaziar o ministro da
Justiça, Sergio Moro. A manobra visa retirar da sua pasta o Coaf – Conselho de
Controle de Atividades Financeiras, o órgão que controla as movimentações
bancárias atípicas e a lavagem de dinheiro. Antes atrelado ao Ministério da
Economia, passou para a alçada de Moro por sugestão do ministro Paulo Guedes.
Após a mudança, o número de funcionários aumentou de 37
para 56, foram ampliados em 25% os Relatórios de Inteligência Financeira
produzidos pelo órgão (2.745) e em 27% as comunicações recebidas (1.209.676),
em comparação com o mesmo período do ano passado. Sem o Coaf, Moro fica
enfraquecido no combate à criminalidade, pois necessário o esforço das
diferentes áreas envolvidas em Justiça e Segurança Pública.
É importante, por exemplo, que Coaf e DRCI (Departamento
de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional) responsáveis,
respectivamente, pela inteligência contra a lavagem de dinheiro e pela
cooperação jurídica internacional, tenham atuação integrada com a Polícia
Federal, Polícia Rodoviária Federal e polícias estaduais. Separar e fragmentar
os esforços não faz nenhum sentido. Informa Magno Martins em seu blog.
Jornalista do ciclo de confiança do ministro da Justiça,
Augusto Nunes fez uma advertência, ontem, pelas redes sociais: “Eu conheço
suficientemente Sergio Moro para afirmar que ele deixará o Ministério se o
projeto que concebeu sofrer lesões profundas durante os trabalhos de “parto”.
Ele tampouco será silenciado pela oferta de uma vaga no Supremo. Pouquíssimos
habitantes do mundo político brasileiro acreditam que existe o homem honrado,
parece uma espécie extinta. Moro mostrará que não é”, escreveu.
Nunes, na verdade, sugere que o ministro vai jogar a
toalha. Moro fez a maior bobagem da sua vida ao trocar uma carreira
bem-sucedida como juiz, com imagem de herói por ter prendido Lula, para servir
a um Governo atabalhoado, que não tem projetos, sobrevive a dura penas pelo
improviso de ações que não têm aderência nem sustentação na sociedade. Mais do
que isso, ao aceitar o convite de Bolsonaro, o algoz de Lula deixou a leve
impressão que fez da sua missão na Lava Jato trampolim para a Esplanada.
Um comentário:
Fico imaginando por que o Brasileiro não apoia quem de fato tenta diminuir quem nos rouba, pois o desvio que ocorrem as cofres estatal, de fato não são do estado e sim de quem trabalha muito sem retorno em nada. Vai entender.
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