Da esq. para a dir.: Benes Leocádio, Antônio Rueda, Allyson Bezerra, Celso Sabino, Ciro Nogueira e José Agripino Maia - Foto: Reprodução/Instagram
O PP e o União Brasil formalizaram nesta terça-feira 19 a
federação entre os dois partidos, chamada União Progressista. No dia da
criação, o grupo expôs divisão sobre ser ou não oposição ao governo do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Enquanto o presidente do Senado, Davi Alcolumbre
(União-AP), disse que a nova federação não é contra ou a favor do governo, os
presidentes do União Brasil, Antônio Rueda, e do PP, Ciro Nogueira, disseram o
contrário.
A oposição compareceu com volume e discursos críticos a
Lula. Discursaram o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos),
o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), o governador de Goiás,
Ronaldo Caiado (União), e ainda houve pedido de aplausos para o ex-presidente
Jair Bolsonaro (PL).
Do Rio Grande do Norte, estavam presentes os dois
dirigentes partidários: o ex-senador José Agripino Maia (União) e o deputado
federal João Maia (PP). Além deles, compareceram à cerimônia os deputados
federais Benes Leocádio (União) e Robinson Faria (PP). Também foram para
Brasília os prefeitos Paulinho Freire (Natal) e Allyson Bezerra (Mossoró),
ambos do União. A deputada Carla Dickson, que está de saída do União e prestes
a desembarcar no PL, não compareceu.
Instituído pelo Congresso Nacional em 2021, o modelo de
federações busca permitir que os partidos atuem de forma unificada em todo o
País, funcionando como uma única agremiação por quatro anos. Ou seja, em 2026,
as duas siglas vão atuar juntas.
Chamada de União Progressista, a aliança será a maior
força partidária do País. A federação terá a maior bancada de deputados na
Câmara, o maior número de prefeitos e as maiores fatias de recursos públicos
para campanhas e despesas partidárias.
Ainda nesta semana, com a filiação da senadora Margareth
Buzetti ao PP, a aliança deve ultrapassar PL e PSD e alcançar 15 senadores — a
maior bancada na Casa. Na Câmara, serão 109 deputados federais. São 1.335
prefeitos, dos quais 48 estão no RN.
Além disso, a “superfederação” receberá a maior fatia —
entre os 29 partidos registrados pelo TSE — do fundo público de financiamento
de campanhas. Levando em conta os valores distribuídos em 2024, o montante pode
ser equivalente a quase R$ 1 bilhão.
Presidenciáveis como Tarcísio e Caiado cogitam o apoio da
federação. “A gente pode celebrar a junção de excelentes quadros. Eu como
estrangeiro (Tarcísio é do Republicanos) nessa reunião quero dizer parabéns por
esse passo e pode ter certeza que o Brasil conta com vocês”, disse Tarcísio.
Enquanto Ciro define o novo grupo como “oposição
conservadora”, ministros de ambas as legendas mantém os cargos na Esplanada.
Caiado ainda cobrou uma posição clara da federação. “Vamos desembarcar do
governo o mais rápido possível”, disse Ciro.
Outras lideranças até preferem dizer que o União
Progressista não é nem governo e nem base. “Não é um movimento de oposição e
situação. Foi um movimento de política com ‘P’ maiúsculo com o olhar voltado
para o futuro do Brasil”, disse Alcolumbre.
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