O plano da família Bolsonaro deu errado. Mais uma vez.
Primeiro, houve a tentativa de se manter no poder após perder as eleições, em
2022, por meio de um golpe de Estado. Deu errado. O Exército não aderiu, as
instituições reagiram, a democracia venceu.
Desta vez, o plano era “alvejar” o Supremo Tribunal
Federal (STF) por meio da interferência dos Estados Unidos (EUA). Deu errado
novamente e a consequência foi uma tornozeleira eletrônica para o maior líder
do grupo, Jair Messias Bolsonaro (PL).
A coisa complicou ainda mais para o capitão e pode
antecipar seu encarceramento. Se antes era difícil vislumbrar uma prisão
preventiva, depois da operação da Polícia Federal, ontem (18), essa
possibilidade tem chance real de acontecer.
O problema é que os Bolsonaros (pai e filhos) queriam que
o presidente dos EUA, Donald Trump (Republicano), atingisse o ministro do STF
Alexandre de Moraes. A “bomba estadunidense”, no entanto, foi “detonada” contra
o Brasil inteiro. Resultado: união contra os agressores.
Nesse caso, são percebidos como agressores, tanto pelas
instituições quanto pela população, além do setor produtivo, o presidente
Donald Trump e os Bolsonaros, apontados como conspiradores contra a nação,
agindo em prol de seus interesses particulares.
As iniciativas de Donald Trump de taxar em 50% produtos
brasileiros e investigar o Pix, estimuladas pelos Bolsonaros, exigindo que a
Justiça brasileira pare de fazer o seu trabalho, motivaram reações da
indústria, do empresariado, da política e, claro, do próprio Poder Judiciário.
É óbvio que o Supremo estava de olho na movimentação de
Jair Bolsonaro e de seus filhos e na colaboração deles nas ações trumpistas,
principalmente no caso do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, que coordena
pessoalmente o lobby contrário ao Brasil na Casa Branca.
A operação da Polícia Federal na casa de Bolsonaro,
ordenada pelo STF, foi a reação da Justiça em um momento no qual também reagem
todos aqueles prejudicados pelas medidas estadunidenses contra o Brasil.
O que disse Moraes – O ministro Alexandre de Moraes, ao autorizar a operação da Polícia Federal realizada ontem contra Jair Bolsonaro, afirmou que “lamentavelmente” o ex-presidente e o filho Eduardo Bolsonaro instigaram os Estados Unidos a tomar “novas medidas e atos hostis contra o Brasil”, inclusive para “submeter o funcionamento do Supremo Tribunal Federal ao crivo de outro Estado, com clara afronta à soberania nacional”.
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