quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Em três cidades do RN, só um candidato a vereador será derrotado em 2024

As eleições municipais de 2024 trazem um panorama peculiar em três cidades do Rio Grande do Norte. Riacho da Cruz, Pilões e Lucrécia, localizadas na região Oeste e Alto Oeste Potiguar, estão entre os 13 municípios brasileiros que apresentam uma diferença mínima entre o número de candidatos a vereador e o total de vagas disponíveis nas Câmaras Municipais, conforme apontam dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nelas, a competição eleitoral para os legislativos municipais é mínima, com apenas um candidato a mais do que o número de cadeiras disponíveis.

Riacho da Cruz, que possui cerca de 3,6 mil habitantes, é um exemplo de estagnação política. Além de contar com um candidato único a prefeito, o atual chefe do Executivo, Marco Aurélio (PP), que busca a reeleição, o município tem 10 candidatos disputando 9 vagas na Câmara Municipal. Curiosamente, nove desses candidatos são os atuais vereadores, buscando um novo mandato, e todos pertencem ao mesmo partido: Progressistas (PP).

Essa configuração revela uma ausência de oposição no município. A única novidade entre os candidatos é Jucileide Oliveira (PP), que concorre pela primeira vez. Com essa formação, é possível que Riacho da Cruz mantenha sua composição política inalterada pelos próximos quatro anos, refletindo uma falta de renovação e pluralidade no cenário local.

Em Lucrécia, com 3.477 eleitores aptos a votar de uma população total de 4.025 pessoas, a situação não é muito diferente. O único candidato a prefeito, Antônio Walter de Araújo (PP), conhecido como Waltinho, da coligação Juntos para Avançar (PP e Republicanos), tem sua eleição praticamente garantida. No legislativo municipal, são 10 candidatos disputando as 9 vagas disponíveis, dos quais três são novatos e sete buscam a reeleição.

Assim como em Riacho da Cruz, os partidos dominantes são Progressistas (PP) e Republicanos, com uma concentração significativa de poder político e baixa diversidade partidária.

Pilões, que tem 3.676 eleitores de um total de 3.869 habitantes, também reflete esse cenário de pouca concorrência. A cidade elege sua prefeita única, Maria Madalena de Souza (MDB), a Lena do Céu, da coligação Pra Seguir em Frente (MDB e PP). No legislativo, os eleitores escolherão 9 vereadores entre 10 candidatos, sendo seis deles atuais vereadores em busca de reeleição. A maioria dos candidatos pertence ao MDB, com apenas um filiado ao Republicanos, evidenciando mais uma vez a falta de opções eleitorais.

Cidades com pouca competição nas eleições municipais de 2024

Além dessas três cidades, outros municípios do Rio Grande do Norte também enfrentam uma situação semelhante. Em Frutuoso Gomes, Serrinha dos Pintos, São Fernando e Viçosa, há 12 candidatos disputando 9 vagas para as Câmaras Municipais. Em outras cidades como Coronel João Pessoa, Major Sales, Senador Georgino Avelino e Taboleiro Grande, são 13 candidatos pleiteando as mesmas 9 vagas.

Em Frutuoso Gomes, há uma pequena variação com a candidatura de Ismael Juvêncio (MDB), que disputa pela primeira vez a prefeitura, quebrando um pouco a monotonia política observada nos demais municípios.

Mudanças na lei, menos concorrência

Essa falta de competitividade nas eleições municipais é influenciada por mudanças recentes na legislação eleitoral. A Lei nº 14.211/2021 reduziu o número máximo de candidatos que cada partido pode registrar nas eleições proporcionais. Agora, o limite é de 100% das vagas disponíveis na Câmara, mais um. Antes dessa regra, o número de candidatos podia ser até o dobro do total de vagas.

Esse novo cenário restringiu a diversidade de candidaturas e, combinado com a falta de coligações partidárias, especialmente em municípios com candidaturas únicas à prefeitura, resultou em um número limitado de concorrentes ao legislativo. Como consequência, a competição eleitoral se torna quase inexistente, com muitos candidatos assegurados de suas reeleições e poucos novos nomes emergindo no cenário político local.

O cenário político dessas cidades do Rio Grande do Norte revela uma dinâmica de pouca renovação e participação limitada nas eleições municipais de 2024. Com a predominância de candidatos à reeleição e poucos novatos, além da concentração de poder em um ou dois partidos, a representatividade política nessas localidades padece sem uma maior diversidade de candidaturas.

Fonte: Saiba Mais RN

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