O Brasil profundo é muito triste. Digo com propriedade porque vim dele. Falta estrutura, educação, civilidade. São pessoas abandonadas, nutridas por um dinheirinho do governo aqui e acolá, e que passam longe de qualquer emancipação como indivíduos. A tese dos benefícios sociais não é ruim, ruim é o jeito que fazemos no Brasil – para variar, pagamos algo que é bom em teoria, e fazemos mal.
Falta educação pública de qualidade, incentivos para a entrada na vida cultural e infraestrutura para o desenvolvimento de produtividade. O mais triste é que são, em geral, um povo trabalhador. Ah, se tivéssemos uma boa educação e um pouco de infra... mas é pedir demais.
Talvez manter essas pessoas empobrecidas e desprovidas de qualquer espírito crítico seja mesmo intencional para que uma elite siga se perpetuando no poder. É uma hipótese tão cruel que é difícil acreditar nela.
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