A saída do deputado federal Robinson Faria do PL está confirmada. Robinson está de malas prontas para o PP, e terá sua filiação confirmada em 10 de junho em evento em Brasília. Com isso, o PL perderá metade da bancada de deputados federais eleita em 2022 no Rio Grande do Norte.
O evento terá a presença do presidente nacional do PP, o
senador e ex-ministro-chefe da Casa Civil do governo Bolsonaro, Ciro Nogueira.
No Rio Grande do Norte, o PP é comandado por João Maia. Já o PL, sigla que
Faria está deixando, está sob as mãos de Rogério Marinho.
O PL manteve a bancada federal eleita em 2022 por pouco menos de dois anos. O primeiro a sair foi justamente João Maia — que era o líder do PL-RN à época, em outubro de 2023. Antes de confirmar a entrada no Progressistas, Maia entrou com uma ação na Justiça Eleitoral para se desfiliar da antiga sigla. Uma das justificativas foi que “a convivência partidária ficou insustentável”.
A anuência foi dada pelo presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. O dirigente contou nos autos que “tomou conhecimento das divergências doutrinárias e políticas existentes”, o que “torna insustentável sua permanência em nossa agremiação e justificaria sua desfiliação de nossos quadros de filiados”.
No documento, Valdemar ainda informou que a manutenção do parlamentar nos quadros do partido “causará indiscutivelmente constrangimentos de natureza política para ambas as partes”, razão pela qual o PL não tentou manter o mandato. Robinson Faria seguiu caminho semelhante, e entrou com ação judicial de desfiliação partidária no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda em maio do ano passado, mas segue oficialmente nos quadros do PL até o momento — a novidade, agora, é que já há data marcada para sair. Os remanescentes na bancada federal do PL são os deputados General Girão e Sargento Gonçalves.
Recentemente, Faria foi pressionado por não ter assinado, inicialmente, o requerimento de urgência do projeto de lei da anistia para os golpistas condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Ele mudou de ideia depois da pressão, anunciou que assinaria o pedido e se juntou à ala da bancada potiguar que defende o perdão àqueles que tentaram derrubar a democracia após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Fonte: Agora RN
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