domingo, 1 de junho de 2025

A felicidade é um (des)equilíbrio


E talvez o maior erro seja tratá-la como um estado permanente, estável e absoluto, porque isso não existe.

Do ponto de vista fisiológico, o que chamamos de felicidade pode vir de dois lugares distintos:

A hedônica, que nasce dos prazeres imediatos e recompensas rápidas, como comer algo gostoso, descansar ou alcançar uma meta.
E a eudaimônica, que emerge da construção de uma vida com propósito, mesmo que envolva sacrifício, dor ou esforço.

Fazer exercício, cuidar de um filho recém-nascido, sustentar um projeto no longo prazo não é prazeroso o tempo todo, mas traz uma sensação profunda de significado.

Do ponto de vista sociológico, estudos com mais de oito décadas de duração apontam que a variável mais forte para a felicidade duradoura são bons relacionamentos, ter com quem contar. Infelizmente, vivemos em uma sociedade que supervaloriza o prazer imediato e ignora o esforço com propósito.

A busca constante por conforto tem deixado as pessoas cada vez mais intolerantes ao desconforto, que é justamente o que mais gera crescimento. Mas, quanto mais buscamos picos de prazer, mais difícil se torna investir em comportamentos transformadores.

A verdadeira felicidade parece estar no (des)equilíbrio entre prazer, propósito e conexão.

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