terça-feira, 3 de junho de 2025

Reservas hídricas do RN encerram maio com 50,23%, aponta Igarn


Volume total das barragens monitoradas recuou 11 pontos percentuais desde janeiro. Apenas seis mananciais superam 70% da capacidade, enquanto 11 operam com menos de 10%.

O Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte (Igarn) divulgou nesta terça-feira (02) o Relatório dos Volumes dos Principais Reservatórios do estado, apontando que os mananciais potiguares encerraram o mês de maio com 50,23% da capacidade total de armazenamento. O dado representa uma queda em relação ao volume registrado no fim de janeiro, quando os reservatórios acumulavam 61,34%.

Ao todo, o Igarn monitora 70 mananciais em todo o território potiguar. Juntos, eles armazenam atualmente 2.654.648.456 de metros cúbicos de água, dos 5.290.123.351 de metros cúbicos possíveis.

A maior barragem do estado, a Armando Ribeiro Gonçalves, localizada entre os municípios de Assú e Itajá, acumula 1.432.408.393 de m³, o equivalente a 60,23% da sua capacidade total. Já a barragem Oiticica, localizada em Jucurutu, segunda maior do RN, soma 107.417.344 de m³, correspondendo a 14,46% do volume total que pode armazenar.

Entre os demais grandes reservatórios potiguares, destacam-se a barragem Santa Cruz do Apodi, que atualmente está com 400.615.400 de metros cúbicos acumulados, o que representa 66,80% de sua capacidade total; e a barragem de Umari, localizada no município de Upanema, que apresenta um volume de 207.725.689 de metros cúbicos,  70,94% de sua capacidade.

Outros reservatórios importantes também seguem com níveis significativos. A barragem Marechal Dutra (Gargalheiras), em Acari, acumula 29.239.551 m³, equivalentes a  65,82% de volume acumulado. Já o açude Dourado, em Currais Novos, acumula 3.579.543, percentualmente, 34,68% da capacidade.

Mananciais mais e menos cheios

Seis reservatórios operam com mais de 70% da capacidade total. São eles:

Dinamarca, em Serra Negra do Norte: 92,36%;
Riacho da Cruz II, em Riacho da Cruz: 96,97%;

Encanto: 81,70%;

Cruzeta: 76,98%;

Riachão, em Rodolfo Fernandes: 76,94%;

 Umari, em Upanema: 70,94%.

Por outro lado, 11 reservatórios apresentam volumes acumulados de menos de 10%:

Passagem das Traíras, em São José do Seridó: 0,03%;
Itans, em Caicó: 0,49%;

Jesus Maria José, em Tenente Ananias: 2,71%;

Mundo Novo, também em Caicó: 2,83%;

Esguicho, em Ouro Branco: 3,77%;

Sabugi, em São João do Sabugi: 5,02%;

Brejo, em Olho D’Água do Borges: 5,12%;

Carnaúba, também em São João do Sabugi: 6,47%;

Lulu Pinto, em Luís Gomes: 6,71%;

Japi II, em São José do Campestre: 8,50%;

Tourão, em Patu: 8,59%.

O Igarn também acompanha o volume de cinco lagoas estratégicas para o abastecimento das regiões metropolitanas:

Lagoa do Bonfim, em Nísia Floresta: 59,95%;
Lagoa de Boqueirão, em Touros: 95,87%;

Lagoa de Extremoz: 85,46%;

Lagoa de Pium, em Nísia Floresta: 100%;

Lagoa do Jiqui, em Parnamirim: 100%.

A redução gradual dos volumes acumulados nas principais barragens reforça a importância de ações de gestão racional da água, sobretudo com a aproximação do período mais seco do ano. O Igarn continuará o monitoramento sistemático para subsidiar decisões estratégicas no enfrentamento da escassez hídrica no estado.

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