O crime foi virtual, mas a “cana” pelo roubo é real. A Polícia Civil prendeu na noite de quinta-feira (3) um homem suspeito de envolvimento com o ataque hacker aos sistemas da C&M Software, empresa que faz a “ponte” tecnológica entre o Banco Central (BC) e outras instituições financeiras.
A confirmação da prisão ocorreu somente na manhã de hoje (4). O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) identificou o suspeito do ataque cibernético como João Nazareno Roque.
Ele trabalhava como operador da equipe de tecnologia da C&M, empresa situada no epicentro da ação criminosa. As autoridades investigam o envolvimento de outras pessoas no assalto.
Segundo informações da Polícia, João teria permitido que os hackers que realizaram o ataque acessassem o sistema sigiloso da C&M por meio de sua própria máquina.
Em depoimento, o funcionário teria afirmado que recebeu em torno de R$ 15 mil para facilitar o ataque cibernético à C&M.
Ainda não se sabe ao certo qual o valor total levado no potencial maior roubo da história do Brasil. Uns dizem que beirou os R$ 500 milhões; outros citam cifras entre R$ 1 bilhão e R$ 3 bilhões.
Fato é: o ataque resultou no desvio de montanhas de dinheiro de contas reserva de diversas fintechs — e a maior parte desse dinheiro talvez nunca mais seja recuperada.
“É um absurdo acontecer um evento dessa magnitude”, disse Marcos Zanini, especialista em cibersegurança e CEO da Dinamo Networks, em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro.
E, apesar de em muito se assemelhar a uma história de filme, o ataque — potencialmente o maior assalto já visto no país — não teve nada de sofisticado ou excepcional.
Muitas informações ainda não estão claras sobre o que aconteceu, especialmente porque as investigações correm em sigilo.
Seu Dinheiro.
Imagem: Shuttertstock
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