A federação União Progressista, formada pelos partidos
União Brasil e Progressistas (PP), iniciou as articulações políticas para as
eleições de 2026 no Rio Grande do Norte. A primeira reunião oficial da
federação no Estado foi realizada nesta segunda-feira 28 e reuniu lideranças
dos dois partidos, que demonstraram sintonia e defenderam a construção de uma
candidatura única da oposição ao Governo do Estado.
O encontro foi comandado pelo presidente do União Brasil
no RN, o ex-senador e ex-governador José Agripino Maia, que classificou o
momento como positivo e sem conflitos internos. Segundo ele, a reunião foi
“harmoniosa”, sem divergências e marcada pela “franqueza” dos participantes.
“Foi uma reunião marcada pela confluência e pela harmonia
de pensamentos. Os dois partidos estão pensando igual e com o mesmo propósito:
crescer e unir as oposições no RN para 2026. Ficou patente a intenção
deliberada dos integrantes da federação de fazer todo o esforço possível para
que a união das oposições aconteça no pleito de 2026”, afirmou.
Ainda segundo Agripino, a reunião também tratou da formação das nominatas para deputado estadual e federal, além da análise de possíveis nomes para o Senado e o Governo do Estado. No entanto, ele reforçou que nenhuma decisão foi tomada até o momento. “Achamos que ainda não é hora para isso. Não vamos nos impor prazos. As conversas serão permanentes”, disse.
Atualmente, a União Progressista conta com quatro
deputados federais no Rio Grande do Norte, o que representa metade da bancada
potiguar na Câmara dos Deputados. A meta do grupo é manter esse número ou até
ampliá-lo em 2026.
Na Assembleia Legislativa do RN, os partidos somam três
parlamentares: Ivanilson Oliveira e Taveira Júnior, ambos do União Brasil, e
Neilton Diógenes, do PP. A expectativa também é de crescimento nessa bancada.
Também participaram da reunião o presidente do PP no RN,
deputado federal João Maia; os prefeitos Paulinho Freire (Natal) e Allyson
Bezerra (Mossoró), do União Brasil; os deputados federais Benes Leocádio, Carla
Dickson (ambos do União) e Robinson Faria (PP); além do ex-deputado estadual
Albert Dickson (União), marido de Carla.
O deputado federal Benes Leocádio (União) confirmou o
foco da federação na manutenção do alinhamento político e no fortalecimento
eleitoral. “Temos toda uma preocupação em mantermos para o projeto de 2026 esse
alinhamento. A ideia é que cresçamos em relação ao que os dois partidos têm
hoje”, afirmou.
Ele acrescentou que a prioridade é construir uma unidade
sólida. “Estamos alinhados para a construção da unidade em torno de uma
candidatura de centro-direita visando 2026, como ocorreu em Natal neste ano”,
destacou.
O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, também defendeu o
fortalecimento da federação. “A União Progressista no RN está muito forte e
unida na discussão de projetos e soluções para nosso Estado. Todos muito
focados na urgente união política para melhorarmos o RN”, disse.
O ex-deputado João Maia, que liderou a vitória do PL em
2022, agora se reposiciona como uma das principais peças da federação no RN.
Ele se junta a Agripino, reconhecido articulador político, na condução das
estratégias para o próximo pleito.
A União Progressista foi oficializada no dia 29 de abril,
durante ato no Congresso Nacional. A federação terá validade de quatro anos e
representa cerca de 20% dos parlamentares federais: são 109 deputados e 14
senadores. Reúne ainda seis governadores, cerca de 1,4 mil prefeitos e 12 mil
vereadores.
A federação também terá o maior número de prefeitos do
Rio Grande do Norte. Serão 48 ao todo, três a mais que o MDB, presidido no
Estado pelo vice-governador Walter Alves. Em todo o País, a federação União-PP
terá 1.336 prefeitos, o maior número do País, superando o PSD, que tem 889
gestores municipais.
Instituído pelo Congresso Nacional em 2021, o modelo de
federações busca permitir que os partidos atuem de forma unificada em todo o
País, funcionando como uma única agremiação por quatro anos. Isso significa
que, em 2026, as duas siglas vão atuar juntas.
Inicialmente, o comando da federação no RN será de Agripino, mas com decisões colegiadas, segundo ele.
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