domingo, 17 de agosto de 2025

Impacto do ‘tarifaço’ dos EUA no RN só será conhecido em setembro, diz secretário Alan Silveira

Segundo o secretário, o “tarifaço” atinge 96% dos produtos potiguares exportados para os EUA - Foto: Mayane Lins

O secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte (Sedec), Alan Silveira, afirmou, em entrevista ao programa Repórter 98, da rádio 98FM, que os efeitos reais do aumento tarifário imposto pelo governo dos Estados Unidos às exportações brasileiras só poderão ser medidos no início de setembro, quando serão divulgados os dados consolidados da balança comercial referentes a agosto pelo sistema Comex Stat.

“Não temos como apresentar um número preciso antes disso. É nesse momento que poderemos dizer se houve perda, onde ocorreu e em que proporção”, disse Silveira, em entrevista. Apesar da ausência de dados definitivos, o governo do Estado já projeta um impacto médio de R$ 1,5 milhão por mês para as empresas afetadas.

Segundo o secretário, o “tarifaço” atinge 96% dos produtos potiguares exportados para os EUA. Apenas o óleo de combustível e a castanha de caju, que juntos representam 44% do valor exportado, mas apenas 4% do volume, foram taxados com alíquota reduzida de 10%. Os demais entraram na lista de até 50% de sobretaxa. Entre os mais prejudicados estão o sal mineral, o pescado, produtos de confeitaria, a cana-de-açúcar e parte da fruticultura.

Silveira destacou que, antes mesmo da entrada em vigor da medida, o Estado elaborou, em parceria com o setor produtivo, um plano para mitigar as perdas e condicionar o apoio à manutenção dos empregos. Estimativas feitas junto à Federação das Indústrias do RN (Fiern) indicam que, sem qualquer ação compensatória, poderiam ter sido cortados mais de 20 mil postos de trabalho.

A fruticultura, que destina 95% da produção à Europa, segue como um dos setores menos atingidos e foi determinante para o saldo positivo de geração de empregos registrado pelo Estado nos últimos meses. Paralelamente, empresas e sindicatos buscam alternativas, como novos mercados e ajustes logísticos, para reduzir a dependência do mercado norte-americano.

“Nossa expectativa é que, até o fim do ano, o diálogo com o governo dos Estados Unidos avance e possamos reverter essa situação. Mas, até lá, seguiremos monitorando e apoiando as empresas”, concluiu o secretário.

Fonte: 98 FM DE NATAL


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