sábado, 20 de setembro de 2025

Mercado vê comunicado mais duro do BC e mantém previsão de Selic em 15% até dezembro

BC segue prezando por um discurso cauteloso, na avaliação do mercado financeiro Foto: Dida Sampaio/Estadão

A maioria do mercado (28 de 31 instituições) projeta a manutenção da taxa Selic em 15% até o final de 2025 após o comunicado da decisão de setembro ter sido avaliado como duro pelos economistas consultados pelo Projeções Broadcast. De acordo com a sondagem, 12 instituições projetam o afrouxamento monetário a partir de janeiro e 14 a partir de março. Outras duas casas estimam cortes apenas a partir do segundo trimestre de 2026.

O comitê reiterou que, para garantir a convergência da inflação à meta, é necessária uma “política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado” e acrescentou que não hesitará em retomar um ciclo de ajuste, caso apropriado.

A despeito da melhora da inflação corrente e das perspectivas à frente pela pesquisa Focus, o colegiado manteve a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no primeiro trimestre de 2027, horizonte relevante da reunião de ontem, em 3,4%. Além disso, disse o Banco Central (BC), o cenário externo segue incerto, enquanto o interno apresenta um mercado de trabalho ainda resiliente.

Para o economista-chefe do Banco ABC Brasil, Daniel Xavier, o comunicado de quarta-feira, 17, referendou sua expectativa de que o espaço para a retomada dos cortes na Selic só deve aparecer após o primeiro trimestre do ano que vem. “A ideia que o comunicado passou é que o Copom não está confortável em discutir qualquer chance de cortar o juro. Ele não vê isso no cenário e não é o que se discute lá dentro”, afirma Xavier, que considera que “todos os contornos” do comunicado vieram com uma linha “mais hawkish”.

Estadão


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