Foto: Marcelo Camargo/Agência
Brasil
A Caixa Econômica Federal decidiu suspender o lançamento
de sua própria plataforma de apostas esportivas após críticas da oposição e
cobrança direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O banco planejava
anunciar o sistema ainda neste ano para iniciar as operações em 2026, com
previsão de arrecadar R$ 2,5 bilhões, mas a repercussão política negativa fez o
governo recuar.
Segundo integrantes do Planalto, a Secretaria de
Comunicação Social (Secom) orientou o banco a priorizar medidas com maior apelo
social, como o programa de reforma de moradias, que prevê R$ 40 bilhões em
investimentos, e uma linha de crédito para motoboys, desenvolvida em parceria
com o Ministério do Trabalho. Lula, que se irritou com as críticas durante
viagem à Ásia, cobrou explicações do presidente da Caixa, Carlos Vieira, assim
que retornou ao Brasil.
Nos bastidores, o banco segue defendendo o projeto.
Técnicos argumentam que grande parte das apostas no país ocorre em sites
estrangeiros, sem autorização e sem pagamento de impostos. A proposta da Caixa,
já aprovada tecnicamente pelo Ministério da Fazenda, busca ocupar esse espaço e
recuperar receitas perdidas — as loterias do banco teriam registrado queda de
50% na arrecadação com o avanço das bets privadas.
Mesmo com o adiamento, o governo mantém a intenção de
aumentar a taxação das casas de apostas e fintechs. A ideia é ampliar a
arrecadação e conter o avanço das plataformas estrangeiras, enquanto a Caixa
foca em ações sociais e ambientais que devem ser apresentadas durante a COP30,
em Belém, neste mês.
Com informações de InfoMoney
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