Casamento civil com menores de 16 anos é proibido no
Brasil. Foto: Freepik
O Rio Grande do Norte tem 825 crianças e adolescentes de
até 14 anos vivendo em uniões conjugais, segundo dados divulgados nesta
quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As informações fazem parte do Censo Demográfico 2022, no módulo sobre
nupcialidade e estrutura familiar.
Em todo o país, o levantamento aponta que mais de 34 mil
pessoas entre 10 e 14 anos declararam viver algum tipo de união conjugal, seja
civil, religiosa ou consensual. Desse total, 77% são meninas.
A legislação brasileira proíbe o casamento civil de
menores de 16 anos, exceto em situações excepcionais autorizadas pela Justiça.
Casamentos precoces, segundo organismos internacionais como a ONU e o UNICEF,
representam violações de direitos humanos e estão associados à evasão escolar,
vulnerabilidade social e riscos à saúde física e mental de meninas e
adolescentes.
A maior parte das crianças e adolescentes que vivem em
união conjugal no Brasil se declarou parda (20.414), seguida por brancas
(10.009), pretas (3.246), indígenas (483) e amarelas (51).
O estado de São Paulo lidera o ranking nacional, com
13,8% (4.722 pessoas) do total. Em seguida aparecem Bahia 7,9% (2.716), Pará
7,5% (2.579), Maranhão 6,4% (2.201) e Ceará 6% (2.039). No Rio Grande do Norte,
o percentual é de 2,4%, representando 825 crianças e adolescentes. O estado
potiguar ocupa a 17ª posição no ranking nacional.
Confira:
São Paulo: 13,8% (4.722 pessoas);
Bahia: 7,9% (2.716 pessoas);
Pará: 7,5% (2.579 pessoas);
Maranhão: 6,4% (2.201 pessoas);
Ceará: 6% (2.039 pessoas);
Pernambuco: 5,8% (1.968 pessoas);
Rio de Janeiro: 5,3% (1.803 pessoas);
Amazonas: 4,9% (1.672 pessoas);
Paraná: 4,4% (1.501 pessoas);
Minas Gerais: 4,2% (1.430 pessoas);
Rio Grande do Sul: 3,8% (1.283 pessoas);
Alagoas: 3,6% (1.231 pessoas);
Goiás: 3,6% (1.241 pessoas);
Paraíba: 3,1% (1.065 pessoas);
Mato Grosso: 2,8% (946 pessoas);
Santa Catarina: 2,7% (927 pessoas);
Rio Grande do Norte: 2,4% (825 pessoas);
Sergipe: 2,3% (774 pessoas);
Mato Grosso do Sul: 1,6% (531 pessoas);
Piauí: 1,4% (495 pessoas);
Espírito Santo: 1,4% (470 pessoas);
Rondônia: 1,2% (400 pessoas);
Acre: 1,1% (366 pessoas);
Tocantins: 1% (346 pessoas);
Amapá: 0,8% (269 pessoas);
Roraima: 0,6% (198 pessoas);
Distrito Federal: 0,6% (207 pessoas).
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