Foto: André Coelho/Agência O Globo
Os Correios aguardam um aporte emergencial de R$ 5
bilhões a R$ 6 bilhões do Tesouro até 16 de dezembro para garantir folha de
pagamento, 13º e fornecedores. A estatal vive a pior crise financeira de sua
história e não tem mais tempo para concluir o empréstimo de R$ 20 bilhões
negociado com bancos.
As conversas com Citibank, BTG, ABC Brasil, Banco do
Brasil, Safra e agora a Caixa não avançaram porque os bancos pediram juros de
136% do CDI, acima dos 120% considerados aceitáveis pelo Tesouro. Sem acordo, o
governo passou a admitir o aporte, condicionado ao plano de recuperação.
O Plano de Demissão Voluntária (PDV) foi ampliado e prevê
a saída de 15 mil funcionários, fechamento de 1.000 agências, novo plano de
cargos e salários, ajustes no plano de saúde, mudanças no Postalis e expansão
de serviços para aumentar receita. A execução deve durar até dois anos.
Com a grave situação, os Correios cancelaram o vale-natal de R$ 2,5 mil e afirmam que nenhuma despesa fora do plano será autorizada. O Acordo Coletivo de Trabalho, já prorrogado várias vezes, segue válido até 16 de dezembro, quando a direção se reunirá com sindicatos.
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