Foto: Freepik
O Brasil enfrenta, em 2025, um cenário grave e
persistente de violência contra mulheres. De janeiro a outubro, 1.184 mulheres
foram assassinadas por feminicídio, número que ainda não inclui os dados de São
Paulo e Rio de Janeiro.
O painel do Ministério da Justiça mostra que o país
registra, em média, 14 tentativas de feminicídio por dia — e quatro dessas
vítimas não sobrevivem. Na prática, o Brasil contabiliza ao menos três mulheres
assassinadas diariamente.
A taxa nacional é de 0,67 mortes por 100 mil habitantes.
Quando se somam as tentativas, o índice sobe para 1,7 por 100 mil, revelando um
problema crônico, segundo especialistas.
A promotora Thais Tarquino, do MPDFT, alerta que a
subnotificação e a classificação equivocada de agressões agravam a crise.
Muitas tentativas de feminicídio acabam registradas como lesão corporal, crime
de pena mais branda, o que reduz a resposta penal e favorece a escalada da
violência.
Ela destaca que penas alternativas, falta de prisão preventiva e dificuldades para responsabilizar agressores nos juizados de violência doméstica enfraquecem a proteção das vítimas. “Os índices são inaceitáveis”, resume.]
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