sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Exportações de produtos do RN crescem quase 43% em julho de 2025, aponta Sedec

Dados apontam uma alta de 13,5% na Balança Comercial potiguar de janeiro a julho de 2025 | Foto: Adriano Abreu

As exportações do Rio Grande do Norte somaram US$ 57,6 milhões em julho deste ano, o que representa alta de 42,9% em relação ao mesmo mês do ano passado (US$ 40,3 milhões). No acumulado de 2025 (janeiro a julho), no entanto, houve uma pequena retração de 3,6% em relação a igual período de 2024 – foram US$ 569,6 milhões em vendas para o exterior no ano passado, contra US$ 549 milhões nos sete primeiros meses deste ano. Os dados constam no Boletim da balança comercial do estado, lançado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), que apontam, ainda, um crescimento de 13,5% na Balança Comercial potiguar – resultado da soma das exportações com as importações, no comparativo de janeiro a julho de cada ano.

Hugo Fonseca, secretário-adjunto da Sedec, avalia que o desempenho de julho se deu por conta de fatores como as preocupações em relação ao tarifaço de 50%, anunciado pelo governo de Donald Trump sobre os produtos brasileiros, mas também graças à diversificação da Balança Comercial do Estado. Ele disse ser cedo para traçar um diagnóstico para os próximos meses, afirmando ser necessário aguardar os cenários que serão construídos a partir de agora – a taxação começou a valer na quarta-feira (6).

“Lógico que tivemos a questão da preocupação em relação ao aumento estabelecido em cima dos produtos brasileiros pelos Estados Unidos. Isso fez com que alguns importadores de lá antecipassem algumas compras aqui no RN, mas o outro fator que também contribuiu para o aumento das nossas exportações e que vem, inclusive, nos dando certa segurança, é a diversificação da nossa balança. De junho para cá, começamos a exportar para novos mercados, como o português e o chinês, o que contribuiu para o superávit registrado como um todo”, falou.

De acordo com o boletim da Sedec, o superávit da Balança Comercial do Estado ficou em US$ 20,3 milhões em julho, resultado da diferença entre as exportações (US$ 57,6 milhões) e importações (US$ 37,3 milhões). Somados os dois tipos de transação, foram movimentados US$ 94,6 milhões no mês passado. Dentre os principais produtos exportados, os destaques foram o óleo combustível, que liderou a pauta de vendas ao exterior, com US$ 25,3 milhões, seguido pelo bulhão dourado (US$ 11,7 milhões), açúcares de cana (US$ 2,1 milhões), mamões frescos (US$ 2 milhões) e sal marinho (US$ 1,8 milhão).

A evolução dos números ao longo deste ano mostra que janeiro foi o melhor mês para as exportações potiguares, com US$ 112,3 milhões. Em fevereiro, foram US$ 107,7 milhões; março registrou a primeira grande queda do ano, com US$ 70,5 milhões; abril e maio registraram, respectivamente, US$ 76,8 milhões e US$ 77 milhões. Em junho houve mais uma redução expressiva, com US$ 47,1 milhões, com recuperação em julho (US$ 57,6 mi).

Alan Silveira, titular da Sedec, afirma que os dados já são esperados e têm a ver com as variações da produção de cada setor. “A fruticultura, de um modo geral, por exemplo, registra crescimento apenas no segundo semestre do ano. Então, essas reduções estão relacionadas à queda na produção”, disse, citando que o anúncio da taxação estabelecida pelo governo americano não teve influência no resultado de julho.

Em relação aos próximos meses, ele disse também que é necessário aguardar para entender os efeitos do tarifaço. “O Governo do Estado tomou algumas medidas, como a compensação financeira para as exportações, o aumento das isenções pelo Proedi e já estamos planejando a abertura de novos mercados. Além disso, temos estudado novos projetos que devem beneficiar as empresas exportadoras e que serão apresentados à governadora em breve. Também há medidas de adoção de comercialização interna, sem contar que acreditamos no diálogo para que haja o menor impacto possível”, frisou Silveira.

Panamá liderou como destino de exportações do RN

O Panamá liderou a lista de exportação dos produtos potiguares no mês passado, com US$ 25,3 milhões. Na sequência vem Canadá (US$ 12,1 milhões), Estados Unidos (US$ 6,2 milhões), Portugal (US$ 1,7 milhão) e China (US$ 1,6 milhão). Juntos, esses cinco países responderam por 81,4% do total exportado pelo Rio Grande do Norte em julho. Em relação aos produtos importados no mês, os destaques foram: gasolina – exceto para aviação (US$ 7,2 milhões), trigos e misturas de trigo com centeio (US$ 3,1 milhões), hulha betuminosa (carvão, com US$ 2 milhões), dentre outros.

Os principais fornecedores de produtos para o RN em julho foram os Estados Unidos (US$ 10,7 milhões), a China (US$ 10,2 milhões), Argentina (US$ 3,9 milhões), Colômbia (US$ 2,6 milhões) e Espanha (US$ 2,2 milhões). Juntos, esses países responderam por 79,3% do total das importações realizadas pelo Rio Grande do Norte em julho deste ano. No acumulado de janeiro a julho, a balança potiguar (soma das exportações e importações) registrou US$ 815,3 milhões em movimentações.

Tribuna do Norte

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