terça-feira, 7 de outubro de 2025

Imposto de Renda de 17,5% sobre investimentos pode ser votado

A Medida Provisória (MP) 1.303/25, que altera a tributação do Imposto de Renda sobre investimentos financeiros, deve ser votada nesta terça-feira (7) pela comissão mista do Congresso.

A proposta faz parte do pacote fiscal do governo e, na versão final, ficou de fora o fim das isenções sobre CRIs, CRAs, debêntures incentivadas, LCI, LCA e LIG. O foco agora é a criação de uma alíquota única de 17,5% para a maioria das aplicações.

Hoje, investimentos como CDBs, Tesouro Direto e debêntures seguem a tabela regressiva do IR, que varia de 22,5% a 15%, conforme o prazo da aplicação. O parecer mantém a ideia de substituí-la pela nova alíquota fixa, com vigência a partir de 2026.

Fundos de renda fixa e multimercados também passariam a ser tributados pela mesma taxa, mantendo o mecanismo do come-cotas, que antecipa o recolhimento semestral do imposto.

No mercado acionário, os lucros são hoje tributados em 15% nas operações comuns e 20% no day trade, com isenção para vendas mensais de até R$ 20 mil. A MP propõe unificar a alíquota em 17,5% e ampliar a isenção para vendas trimestrais de até R$ 60 mil, além de elevar o IR sobre Juros sobre Capital Próprio (JCP) de 15% para 20%.

Para criptomoedas, a isenção atual — válida para vendas mensais de até R$ 35 mil — deixaria de existir. A partir de 2026, ganhos seriam tributados em 17,5%. O texto também cria um regime de regularização para ativos não declarados até dezembro de 2025, com alíquota reduzida de 7,5%.

Os dividendos de Fundos Imobiliários (FIIs) e Fiagros continuam isentos, desde que cumpram os requisitos legais. O imposto sobre ganho de capital cairá de 20% para 17,5%, e a isenção será mantida para fundos com mais de 100 cotistas. O parecer, no entanto, ajusta regras de distribuição e o regime de caixa.

Fundos de infraestrutura (FI-Infra) permanecem com isenção total de IR sobre dividendos e ganhos de capital. Já os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) passam a ser tributados pela nova alíquota, mantendo o IOF de 0,38% na subscrição de cotas primárias.

Se aprovada, a MP segue para votação nos plenários da Câmara e do Senado antes da sanção presidencial. Apresentada em junho, a medida perde validade nesta quarta-feira (8). Caso avance, as novas regras passam a valer em 2026.

O mercado também reagiu positivamente ao diálogo entre Brasil e Estados Unidos. Na segunda-feira (6), os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump conversaram por telefone e classificaram o contato como “muito bom”. O tema central foi a revisão de tarifas comerciais e a retomada das negociações bilaterais.

Money Times

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