O Nordeste foi responsável por 34% dos novos empregos
formais criados no Brasil em setembro, segundo dados do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e
analisados pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). No
período, a região registrou saldo positivo de 72.347 vagas, de um total
nacional de 213.002. No acumulado de 2025, o saldo regional chega a 334.930
empregos, o equivalente a 19,5% do total do País, com média mensal de 37,2 mil
novos postos de trabalho.
O economista Miguel Vieira, da coordenação-geral de
Estudos e Pesquisas da Sudene, destacou o bom desempenho do setor industrial,
especialmente em Alagoas e Pernambuco, com saldos de 9.107 e 8.367 novas vagas,
respectivamente. “O setor foi responsável por quase dois terços do saldo de
Alagoas e por mais da metade do saldo de Pernambuco. Juntos, os dois estados
responderam por 71,5% do saldo do setor na região”, afirmou. A indústria de
transformação concentrou a maior parte dos novos postos, com 23.360
contratações.
Na distribuição setorial, o setor de Serviços liderou os
saldos em cinco estados, com destaque para Bahia (5.235), Ceará (3.727) e
Paraíba (3.366). Já a Construção Civil registrou crescimento expressivo na
Bahia, Pernambuco e Ceará, com 2.540, 2.354 e 2.334 vagas, respectivamente. O
Comércio também avançou, especialmente na Bahia (2.519) e no Maranhão (1.238),
enquanto a Agropecuária teve saldo positivo de 7.604 vagas, puxado por
Pernambuco, Sergipe e Alagoas.
Entre os estados, Pernambuco apresentou o maior saldo do Nordeste, com 15.602 novos empregos, seguido por Alagoas (13.883), Bahia (11.350) e Ceará (10.561). Completam a lista Paraíba (6.084), Sergipe (5.962), Maranhão (3.270), Rio Grande do Norte (3.231) e Piauí (2.404). Todos os nove estados nordestinos encerraram o mês com saldo positivo na geração de empregos formais.

 
 
 
 
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