quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Layla Sales é condenada a 19 anos e 3 meses de prisão por homicídio duplamente qualificado em Apodi

(Foto: Josemário Alves - Apodi 360)

Após quase oito horas de julgamento, o Tribunal do Júri Popular de Apodi condenou, no início da noite desta quarta-feira (12), Layla Sales a 19 anos e 3 meses de prisão pelo assassinato do engenheiro Euriclides Torres, ocorrido em junho de 2019 durante um arraiá no Centro da cidade. 

A sentença determina que a pena seja cumprida inicialmente em regime fechado, na ala feminina da Penitenciária Agrícola Mário Negócio, em Mossoró, para onde a ré foi levada por volta das 19h em uma viatura da Polícia Militar. 


O júri, formado por sete cidadãos apodienses, acolheu integralmente a tese da acusação, que sustentou desde o início que o crime foi praticado por motivo fútil e mediante promessa de recompensa em dinheiro, configurando homicídio duplamente qualificado. 

Atuaram no caso a promotora Liv Ferreira Augusto Severo, o promotor Fausto França e o advogado de assistência à acusação José Policarpo. 

Durante toda a sessão, a acusação apresentou elementos que, segundo o Ministério Público, comprovariam o envolvimento de Layla no planejamento do assassinato. Para o MP, a condenação reforça a confiança na atuação da Justiça local. 


“O Brasil sempre foi visto como um destino para a impunidade. Mas aqui em Apodi, não. Nós vamos aqui mostrar que tem justiça nessa comarca”
, destacou o promotor Fausto França durante a sessão. 

A defesa, representada pelos advogados Rodrigo de Oliveira e Sávio José, argumentou que não havia provas suficientes que apontassem a participação de Layla Sales no crime. Eles sustentaram que os indícios eram frágeis e que a acusada deveria ser absolvida. 


“Vou pra casa com a sensação de dever cumprido. Porque lutei por uma absolvição verdadeira”
, afirmou o advogado Rodrigo de Oliveira em uma de suas falas diante do Júri.

Após o anúncio da decisão, Layla Sales chorou intensamente dentro da Sala do Júri, permanecendo em prantos por quase uma hora enquanto era amparada por familiares. 

O julgamento atraiu atenção de moradores, familiares da vítima e da acusada, que lotaram o plenário. 

A condenação encerra um dos casos de maior repercussão em Apodi nos últimos anos. A defesa deve avaliar, nos próximos dias, se irá recorrer da decisão.


Fonte e fotos: Josemário Alves / Apodi 360

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