Cacau Saraiva
A Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Norte (Sefaz-RN) anunciou a paralisação do seu sistema a partir do dia 29 de outubro, com previsão de retorno apenas no dia 4 de novembro de 2025. A interrupção, que já afeta milhares de empresas potiguares, expõe uma dura realidade: quando o sistema para, quem paga a conta são os empresários.
A inatividade da Sefaz compromete o funcionamento de atividades essenciais, como a emissão de notas fiscais e o cumprimento de obrigações tributárias. Sem acesso aos serviços, muitos empreendedores se veem de mãos atadas, incapazes de faturar, receber ou seguir o planejamento financeiro do mês.
E o problema é ainda mais grave por ocorrer em pleno período de pagamento de salários. Enquanto o sistema está fora do ar, as empresas enfrentam prejuízos financeiros consideráveis, tendo de recorrer a reservas, adiar compromissos ou assumir o risco de atrasar obrigações. Em um cenário econômico já desafiador, essa instabilidade agrava a insegurança e impacta diretamente o caixa dos negócios.
A Sefaz-RN informou que está trabalhando para restabelecer os serviços até o dia 4 de novembro. No entanto, o episódio reforça uma preocupação antiga do setor produtivo: a necessidade de maior estabilidade e eficiência dos sistemas públicos. Afinal, cada dia de paralisação significa perda de receita, quebra de confiança e mais um obstáculo para quem movimenta a economia do estado.
É urgente que o poder público compreenda que tecnologia e gestão tributária não são apenas questões técnicas, são fatores que garantem a sobrevivência das empresas. Quando o sistema falha, é o empresário quem arca com os prejuízos.
É hora de exigir responsabilidade, planejamento e transparência. O empreendedor potiguar merece operar com segurança, previsibilidade e respeito. Porque, no fim das contas, quando o sistema para, quem paga a conta é quem gera empregos, paga impostos e sustenta o desenvolvimento.
🖋️ Opinião | J’Dai Assessoria Contábil e Financeira
Defendemos uma gestão pública mais eficiente e conectada à realidade de quem empreende. Nosso compromisso é fortalecer o diálogo entre empresários, instituições e governo,porque desenvolvimento se constrói com estabilidade, confiança e parceria.
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